terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Morte Devagar

Martha Medeiros

 

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

terça-feira, 4 de outubro de 2011






  Você diz que sofre por que ama e não é correspondido. Você não come por
medo de engordar. Você não gosta de repetir a roupa porque tal pessoa já
viu você usando ela. Você pode ter mil motivos para chorar, mil motivos
para se matar. Mas, lembre-se que existem pessoas numa situação bem
pior e que mesmo assim elas continuam vivendo. O mundo não vai parar por
causa de você, entende isso.
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domingo, 3 de julho de 2011



Você sempre vai ter que provar do ruim pra saber dar valor o que realmente é bom. Esse é um defeito de nós humanos !

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A tragédia entra na sua vida como um furacão criando o caos. Você espera a areia baixar e então escolhe: você pode viver nos entulhos e fingir que ainda é a mansão que você lembrava ou você pode rastejar na bagunça e reconstruir. Porque depois do desastre o importante é seguir em frente. Mas se você for como eu, vai continuar perseguindo a tempestade e sofrendo cada vez mais ; mas o bom disso tudo é que eu não desisto por nada nem ninguém e que um dia está tempestade vai terminar e vou teér finalmente o que eu sempre quis !

O que é teu, chega com o tempo. E o que não é, se vai com ele . 


"São poucas as pessoas que despertam em mim esse medo louco de perdê-las e deixa-las para traz  ."